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JAWS - Tubarão - visto pela primeira vez HOJE



Devo confidenciar que um dos maiores gostos que tive recentemente foi poder dar este filme a ver, pela primeira vez, a uma criança de 13 anos. Não, não comecem já a atirar pedras porque decerto sabem que as crianças de hoje estão expostas a coisas bem mais dinâmicas, gráficas e específicas que um tubarão e algum sangue. Sabia que não ia ter pesadelos :) Não como eu... que quase os tive na idade dela ao ver um filme do conde Drácula e depois O EXORCISTA!!


Falei-lhe um pouco do filme e a decisão de o ver foi dela. Tanto que mo lembrou numa ocasião meses depois da conversa. Numa altura em que as crianças têm acesso a tudo tão rápido, conseguem até ver filmes e séries que ainda não estrearam no nosso país (sim, é verdade), andam com tablets na carteira e mais não-sei-o-quê, agradou-me que ainda não tivesse visto O Tubarão. E o viu comigo, pela primeira vez.

A ocasião foi ainda melhor porque, sem saber onde tinha o filme no formato digital e sem o ter encontrado em nenhum disco, decidi ir buscar o velho VHS para o visionar em cassete. Gravei-o da TV na década de 80, naquela que deve ter sido a primeira exibição do filme na TV.


Ver o filme neste formato de película, com a cor certa, meio que sumidas pelo tempo, com aquele "cheirinho" de imagem analógica, é ainda mais maravilhoso. Mas sabendo que a criança nem sonha o que foi uma tecnologia anterior à actual, avisei-a que podia estranhar a fraca qualidade, a granulação. 

Qual quê! Ela adorou. Vibrou com as cenas, ia fazendo perguntas sobre se alguém ia morrer ou não. 

Não a bombardeei de histórias que sei sobre o filme. Não lhe revelei as cenas. Quis que o descobrisse sozinha. Só fiz questão de lhe chamar a atenção para pormenores mais importantes, como aquele que, para mim, era essencial que soubesse: a música. 

Havia utilizado os acordes da melodia composta por John Williams num curto filme caseiro tendo-a como protagonista. A intenção era ironizar e simular pânico. Perguntei-lhe se percebia o quanto a música que abre o filme com o genérico já nos põe a sentir que algo não está bem e nos deixa algo alarmados. Ao longo da brilhante edição do filme, a melodia teve momentos muito seus.


A criança viu o filme todo e gostou. Havia-lhe dito que fizeram mais sequelas, mas que nenhuma era muito boa, que aquele é que era "o" filme. Ela quis ver os outros todos. Deu sorte. Uma sorte tremenda. Porque sem eu saber, estes tinham sido apresentados na TV durante a semana anterior. E tendo a "linha do tempo" disponível - outra vantagem da tecnologia dos dias de hoje -  foi possível regredir na exibição dos mesmos e ela conseguiu ver os filmes Tubarão 2, 3 e 4! Envolvendo-se na história, concordando nas partes realmente muito mal feitas de um em particular (não sei qual, são quase todos pavorosos), torcendo para que o filho de Brody não fosse "comido" pelo tubarão...

JAWS - original, é um filme que consegue ser intemporal. Ainda se mantém um obra boa de se ver mesmo quase após 40 anos da sua produção. Com todo o progresso na tecnologia, e com todos os estilos novos de direcção, edição e fotografia. Isso se deve ao trabalho de equipa. Um filme onde todos contribuíram e todos participaram nele para ele, e não para promoverem carreiras ou porque não tinham um outro melhor para fazer... (acho). Quando todos podem opinar, boas ideias surgem e cria-se um marco.

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