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Boo! - A Madea Halloween (2016)


estrelas: 1/10

Boo (som que se faz ao vaiar) é a palavra certa para definir este filme.
Ou então Grande Porcaria!!

Não entendo como pode um site ter dado três estrelas e meia num total de cinco a esta bosta de filme. Nem sequer tem boas actuações. Tudo é medíocre a roçar o arrepiante de... mau que é. 



Muito, mas muito mau mesmo. Explico a presença de tantas estrelas no simples facto de ser um filme que mostra uma família negra, numa comunidade essencialmente negra, com alguns brancos à mistura. Só pode ser... O voto de simpatia.

O filme é horrível ao ponto de se tornar doloroso ao assistir. 

Interpretações:
Tirando um dos rapazes da fraternidade (branco, jovem, cabelo escuro) que é bastante credível na personagem e a idosa roliça, a tia Bam, que tem medo de tudo, NADA ali se aproveita. Não entendo como foram dar o papel principal a um indivíduo que fez daquilo um horror! Caricaturas, estereótipos e básico-moralismo é o que MAIS define esta caca de filme.



Uma fórmula já vista até à exaustão, que não traz um pingo de criatividade. É até insultuosa por nem sequer mostrar bons talentos.

Nota. uma busca no site do rotten tomatoes revelou que esta «peça de arte» foi escrita, dirigida e interpretada em triato pelo... bosta do intérprete! Ou seja: uma auto-produção que, à semelhança dos filmes de Eddie Murphy e muitos outros desde então, decide que um tipo negro tem de interpretar três ou mais personagens, não sendo bom em nenhuma. Esperem. Tenho de emendar esta parte: sendo muito mau em todas!

Guerra no PLANETA DOS MACACOS (2017)



Estrelas. 7,5/10

O que não gostei neste filme?
Das expressões faciais demasiado humanas de César.
Dos seus olhos 100% humanos.
Dele falar inglês com os seus macacos que falam em linguagem gestual.
Da sua voz.
Da morte do seu filho, que havia evoluído como personagem e que por isso merecia ter continuidade



Gostei mais do filme anterior - Planeta dos Macacos, a revolta (2014). Em termos de enredo e de consistência. "César", falava inglês só quando precisava. Não quando é conveniente para a audiência! Os calões que não gostam de ler legendas nas salas de cinema que se lixem. Nesse aspeto, o filme anterior é mais coerente.


A história:
A guerra entre humanos e macacos continua. Mas desta vez a coisa está mais mesclada. Embora seja um entretenimento e tanto, com cenas verdadeiramente bem feitas, achei a história contada de modo mais fraca. No ritmo, nas emoções, nas sequências e até na motivação de César. Existe alguma predictabilidade e extraordinárias, diria até que impossíveis, escapadas a morte certa. Mas o que mais se nota é a conveniência, o que se traduz em alguns clichés, inclusive de personagens-tipo, elementos que considero menos destacadas em filmes anteriores. 

O que gostei:
Do início. A sequência inicial é simplesmente brutal. Não por causa dos efeitos especiais mas pela carga informativa que contém e a forma brilhante como é transmitida. Adorei as mensagens nos capacetes e toda aquela sequência bélica vista de cima, como se fossemos meros observadores omnipresentes, assistentes contemplativos que não podem intervir e só podem lamentar e chorar. Como quem vê de fora sem estar de corpo presente. A carga emocional e a capacidade de resumir toda a história em poucas imagens é feita com mestria. Sem ser necessário meter os personagens a fazer o «resumo» dos filmes anteriores, o que seria de um grande amadorismo e preguiça indesculpável.   


O que destaco:
Continuo a achar impressionante o facto destes filmes conseguirem a proeza de colocar toda a humanidade a torcer pelos macacos, a chorar por e com eles e não lamentar nem um segundo as mortes humanas. Aliás, os humanos morrem aos molhos nos filmes do "Planeta dos Macacos" e nós, que somos dessa espécie, assim o desejamos. Estamos o tempo todo a torcer pelos macacos. Que se comportam como a espécie pacífica e realmente humana.


Algumas opiniões mais detalhadas com as quais concordo



Get Out! - Corra (filme 2017)



Estrelas: 8/10

Adorei este filme!
Achei-o surpreendente, firme no enredo, verosímil na história.




Chris e Rose são um casal inter-racial que vão passar um fim-de-semana à casa dos pais dela. Pela primeira vez, Rose, de etnia branca, vai apresentar o namorado, de etnia negra, à família. Será que eles vão ter algum problema com isso?

Rose garante que não - pois o pai até votaria em Obama para a presidência por um terceiro mandato, se pudesse. E de facto, quando Chris chega à enorme mansão da família, é bem recebido. Ao mesmo tempo algo estranho se passa. Nenhuma conversa é mantida sem se fazerem referências à sua cor de pele. Num convívio social - pois coincide que nesse fim-de-semana é também a altura do ano em que a família reúne todos os amigos influentes em casa - Chris é até apalpado pelos seus músculos, como se fosse uma peça em leilão no tempo da venda de escravos.

Mas o que Chris mais estranha são os dois empregados da casa - ambos negros como ele, mas com um comportamento estranho, que oscila entre o doente mental e o normal. Naquela casa, os empregados vestem-se e falam como se vivessem nos anos 30...

Numa tour ao lar, o pai de Rose, cirurgião, faz questão de levar Chris até às fotos da família, onde aponta para o retrato do seu falecido pai, um ex-atleta de salto e corrida que participou nos Jogos Olímpicos de 1936, na então Alemanha nazi. O que aconteceu nesse ano que ficou na história? Jesse Owens, um atleta Americano de origem africana bateu todos os outros - inclusive os de raça ariana, (que a propaganda de Hitler dizia ser de raça superior) e conquistou o primeiro lugar num pódio.


Conforme dá para entender, as conversas giram em círculos mas parecem sempre ir ter a um tema em particular: raça - brancos e negros. 

De todos os membros da família que Chris foi conhecer, a mais «normal» parece ser a mãe, psiquiatra de profissão. Isto até o momento em que Chris é convidado a entrar no escritório dela... e esta usa um trauma de infância de Chris para o hipnotizar.

Se as coisas eram estranhas até aqui esperem só até os restantes convidados chegarem...


Não vou contar mais sobre a história mas quero reforçar o quando gostei do filme e que partes me surpreenderam mais. 

Uma delas foi o desfecho. Quando surge um veículo com luzes azuis e vermelhas a piscar pensei que ia ser um desfecho típico dentro daquelas circunstâncias: finalmente, chegava a polícia. E infelizmente para o nosso «herói», o polícia ia ser o mesmo que o parou na estrada na viagem até ali. 

Surpreendeu-me esse final.

Outro aspecto que gostei foi o de perceber que a personagem idiota do filme, aquele tipo que só pensa e diz parvoíces é, afinal, o que está certo o tempo todo. Ahahah. Bem feito para todos os «normais» que julgam que os «idiotas» nunca podem ter razão. Kkkk.


Também me surpreendeu o real motivo de toda aquela movimentação. Pensei eu que hipnose era o máximo do que ali acontecia com certas pessoas mas, afinal, tudo está muito mais conectado e enraizado... Não sei se a invasão, ao invés da adopção, seria a opção escolhida se, de facto, a noção de racismo fosse a questão fulcral - que não é. O surpreendente do filme também é isso. A questão principal é na realidade outra e são duas: o desejar viver para sempre e o viver para sempre jovem, saudável e em super-forma.

Neste sentido o filme mostra que a "raça superior" é outra - e a sua «escolha» em nada recaí sobre conceitos de racismo, mas em conceitos de biologia.

Então não deixa de ser engraçado e, mais uma vez, surpreendente, quando, mais para o final, percebemos quem são as pessoas a quem Rose chama de avó e avô...



Um filme a não perder.
Ah, e falta mencionar o quanto torcemos pelo «herói» no final e apreciamos quando inescrupulosamente este começa a virar o jogo... 


Cenas pouco credíveis que «arruinariam» a história se esta não nos agradasse tanto:

1- A cirurgia começar sem a presença do principal elemento (a sequência não me parece muito lógica).

2- Não resistirem a mostrar uma poça de sangue a jorrar da cabeça de um indivíduo (que, no mínimo precisava de ter tido o crânio rachado, presumo eu) e fazerem como naqueles filmes em que um tipo é baleado não se sabem quantas vezes e continua a vir atrás e a perseguir.... Só para mostrarem um elemento crucial referido duas vezes: na abertura do filme e durante o jantar de família. Contudo, apreciei esse elemento. 


Também achei no youtube esta pequena paródia aos elementos do filme e fartei-me de rir. Por isso não deixo aqui nenhum trailler - pois este denuncia tudo o que surge no filme - mas a paródia. A ver se chegam lá.... eheheh.


C.H.I.P.S.


estrelas: 8/10

VI este filme sem grandes expectativas. Esperava mais uma comédia aparvalhada sobre dois polícias que não se conhecem e não gostam um do outro mas acabam bons amigos após serem forçados a trabalhar em parceria. Com recurso a piadas fáceis, em larga maioria fazendo referência a sexo e obstipação.

Mas enganei-me!!
O filme CHIPS é muito melhor do que esperava.
Não me entendam mal: claro que, como comédia enquadrada numa investigação policial liderada por dois polícias, o filme engloba sexo e piadas fáceis. Mas não as considerei de mau gosto ou vulgares. É saber fazer humor de forma respeitosa, não deixando de recorrer aos mesmos elementos, mas dispondo-os de forma adequada. 



As personagens têm profundidade - não são superficiais nem os seus «problemas emocionais» ficam pelo óbvio que se resolvem em dois segundos de conversa «séria». Ambos os polícias, à sua maneira, têm personalidades distintas e credíveis, acaba-se por acreditar no processo evolutivo da amizade entre os dois.

Os vilões também têm surpresas e profundidade. Hurrai para o vilão-mor, que conseguiu fazer uns olhinhos de profundo pesar que comove qualquer um. Quero dizer: sabemos que ele é o «mau», que matou amigos e é ladrão, mas, ainda que o filme tenha recorrido ao mesmo pretexto para fazer com que o vilão procure a vingança (não vou dizer qual o recurso mas ao verem o filme vão entender que é cliché), não se sente como algo repetitivo. Senti a emoção da dor do vilão e isso é algo que qualquer um de nós consegue entender. Neste filme de comédia, não aprofundam muito o lado dos vilões, mas também não são desprovidos de alguma história e profundidade que se adivinha ao se conhecer essa história. 


Depois tem as situações em que os polícias se vêm inseridos. Também aqui acho que o filme está acima da média. Temos as típicas situações de perseguição policial e acrobacias «forçadas» no guião, mas que aqui acabam por encaixar um pouco melhor que o habitual. Ao contrário da maioria dos filmes do género, comédias que mostram violência e explosões, aqui as pessoas de facto morrem... Ou só podem ter morrido. O filme não se foca muito nesse aspecto mas, ao contrário de muitos outros tipo os que o Mel Gibson protagonizou com a Goldie Hawk, quando existem cenas de perseguição nas ruas ou em lugares públicos onde a vida de inocentes corre risco, não são só as roupas estendidas em varais e as bancadas de frutas que são albarroadas com um veículo em excesso de velocidade. Neste filme, as pessoas também são! O que seria bem plausível na vida real.

Existe até um momento - um momento de piada fácil mas que achei fantástica. Uma carrinha policial está em perseguição e ao dobrar uma esquina, está uma celebridade a sair de um automóvel com uma série de pessoas à sua volta. O embate é inevitável e dois homens com mochilas e máquinas fotográficas recebem o impacto e são projectados pelo ar. Uma fracção de segundo foi o que mostraram dessa cena, mas pessoalmente, admirei-a, fiquei assutada por me mostrarem algo que pode ter resultado na morte de dois inocentes mas gostei que a tivessem feito. SEM a seguir mostrarem os dois totalmente ilesos mas estendidos no asfalto, a fazer um manguito para a carrinha - como que a assinalar à audiência que não lhes foi incutido nenhum dano maior e por isso esta pode relaxar e continuar a ver o filme despreocupadamente.

A piada foi que a condutora do veículo, assustada pelo embate, pergunta ao polícia que está com ela:
-"Meu Deus! O que foi isso??!"
E este, olha para trás e ao ver o cenário com que se depararam, responde:
-"Ah, está tudo bem. São paparrazi".

LOL.
Muito bem metida! A piada... A crítica. A comédia, o estarem a dizer que a vida de paparazzis é insignificante pela actividade em si - não pela vida humana, claro está. 


Do todo, o que considero mais fraco no filme é a história policial de investigação que serve de base às personagens. O facto dos dois policiais discutirem os factos do caso em frente de um by-standart é muito cliché (um tipo de uma imobiliária que lhes mostra uma casa que foi habitada por um suspeito e abandonada). Quem é que no seu juizo perfeito ia dizer, ali, na frente de um desconhecido, o nome do suspeito, o que ele fez ou deixou de fazer? Mas pronto... foi o único cliché mais irritante do filme, no meu entender, e durou poucos segundos. Talvez quisessem encurtar o filme uns segundos com uma cena obvia e rápida como aquela.

As brigas e cenas de pancadaria estão muito bem feitas. A comédia física está muito bem planeada e o filme, neste e em todos os sentidos, é muito bem realizado. Parabéns ao diretor
Claro que uma cena memorável por estar bem feita é quando um dos heróis se vê numa situação de vulnerabilidade e precisa pedir ajuda ao colega. O tipo caiu e ficou sem conseguir se mexer. Tinha acabado de acordar, de sair da cama... e estava nu, pois dorme nu. Era uma situação que tinha tudo para ser feita e apresentada à audiência de uma forma cliché e sem grande credibilidade. Mas não foi. GOSTEI da forma e de como os outros assuntos se encaixaram. A informação que o espetador recebe daquela cena esclarece muito em termos visuais e é ali que vemos e acreditamos que a relação dos dois se cimentou na amizade.

E pronto. Vejam o filme.
É bem melhor do que seria de esperar.
Talvez passe debaixo do radar, mas vale a pena.

PS: Acabei de verificar que o site Rotten Tomatoes não recomenda este filme.
Talvez seja uma boa razão para o irem ver. Já que este site está cada vez mais bambo das pernas no que respeita à maioria das avaliações que faz. Já a audiência que avalia filmes no site, fornece uma apreciação três vezes mais elevada.



Lua de Mel, Lua de Fel



Estrelas: 10 (de 10)


Nem sei como ainda não falei deste filme que foi por muito tempo um dos meus favoritos.

Lua de Mel, lua de Fel (Bitter Moon - 1992) passou nos finais dos anos 90 na televisão, bem de noitinha. Comecei a ver e nunca perdi o interesse. Senti contínuos nós no estômago. Senti revolta. Apeteceu-me xingar o mocinho com todos os nomes feios possíveis e impossíveis. 

O filme foi exibido com bolinha vermelha por conter muitas cenas em que se fala de sexo de forma explícita e detalhada. Também se deixam ver orgãos genitais - femininos, claro. Mas na minha opinião, a «bolinha vermelha» assinala uma obra-prima na qual o que mais no choca não é a nudez, e sim a linguagem crua e real. 

Fiona e Nigel
Resumo: Nigel é um homem pacato em viagem num navio cruzeiro com Fiona, sua esposa. O casal inglês procura assim reacender a chama do seu casamento embarcando numa viagem de segunda lua-de-mel rumo à mítica Índia. Numa ocasião sozinho no bar, já que Fiona enjoa com o balanço do barco, Nigel sente-se totalmente atraído por uma bela mulher que vê a dançar. E muito sem jeito passa-lhe uma cantada. Pensa estar a ter sucesso mas... está redondamente enganado. Aquela mulher de vermelho com sotaque francês vira uma obsessão e para saber mais sobre ela e a tentar levar para a cama Nigel revela-se um homem com um carácter bem diferente daquele que transmite para fora e julga ter.

Um filme soberbo - na minha modéstia opinião. Com boas atuações de parte em parte. Talvez a mais crua seja exatamente a da «bela mulher de vermelho», a atriz francesa Emmanuelle Seigner, na altura e ainda presentemente, esposa do diretor do filme, Roman Polanski. 


Adorei a linguagem do filme, as verdades cruas, a forma como os personagens que pareciam os mais desprezíveis também eram honestos e transparentes. Adorei o sarcasmo, as ironias (que são muitas), entendi que não podia ter existido outro final, que se fechou o ciclo e aquele derradeiro gesto foi, no fundo, um de altruísmo. Que acabou por ser a salvação do casamento do jovem casalinho britânico - aquelas últimas horas no navio cruzeiro os fez crescer como nunca e solidificou a sua união até então em risco de ruir.

Mimi e Óscar
Falta ainda mencionar talvez a personagem mais importante de todas. Porque é ela que nos vai enojar. É ela que vai conduzir a história. Óscar, o marido da bela e jovem Mimi - a mulher de vermelho. Escritor americano, assim que vê Mimi num autocarro apaixona-se por ela. A jovem tem o sonho de vir a ser bailarina e acaba por se apaixonar também perdidamente. Os dois vivem em pleno clima de lua de mel, só sexo, só quarto, só amor. Mas não se vive só disso e o resto da vida se impõe: os sonhos de carreira como bailarina, os delírios de um escritor em escrever a sua grande obra prima. A relação dos dois passa então por um momento baixo. Depois vira cruel. Torturosa. Mas apesar disso, ainda com amor. Tudo vai um pouco longe demais... E então os dois, já muito diferentes do que eram quando começaram, decidem partir num cruzeiro... A ver se a coisa tem conserto ou faz sentido. Mas tem? Ambos sabem a resposta. Ambos se amam. Mas o amor basta quando tanta coisa o maltratou? 


Óscar e Mimi acabam por encontrar em Fiona e, em especial, em Nigel, um divertimento para as suas vidas já tão desgastadas. O casal inglês passa a ser o novo entretenimento do escritor e da ex-bailarina. Situação que agrada a Nigel, convencido que está que vai conseguir levar Mimi para a cama, sem que a sua esposa fique a saber. Ele até providencia uns comprimidos para o enjoo que vêm mesmo a calhar... Mas Nigel não é páreo para Óscar ou Mimi. Na realidade, nem para Fiona.


Categoria: Romance Erótico/drama
Estrelas: Dez

 
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